Cessar fogo! Pandemia do Covid-19 faz cair índice de massacre na fronteira e mortes na Capital

Há duas semanas não registradas execuções nas cidades localizadas na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul e também em Campo Grande. O “cessar fogo” imposto pelo toque de recolher determinado em razão da pandemia mundial do novo coronavírus (Covid-19) inibiu a ação da pistolagem na fronteira e os homicídios na Capital do Estado.

Até o dia 23 de março, a fronteira contabilizava 28 execuções por pistoleiros, mas, com o avanço da Covid-19, por incrível que isso possa parecer, os assassinatos cessaram, principalmente, nas cidades de Pedro Juan Caballero e Capitán Bado, no lado paraguaio, e Ponta Porã, no lado de Mato Grosso do Sul.

Para se ter uma ideia, foram 8 mortes em janeiro, 10 em fevereiro e 10 em março, mas, desde o início dos toques de recolher, tanto do lado paraguaio, quanto do lado sul-mato-grossense, as execuções cessaram como por milagre.

Esse “fenômeno” também está sendo registrado em Campo Grande, maior cidade de Mato Grosso do Sul, com cerca de 900 mil habitantes, onde o toque de recolher possibilitou que o número de homicídios fosse zerado.

O começo de março foi marcado por sete assassinatos em Campo Grande, segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Desde o início do isolamento social, no dia 18 de março, mais nenhum homicídio foi registrado.

As medidas de prevenção ao coronavírus também refletiram na criminalidade no interior do Estado. Do dia 18 de março até ontem (1) foram registrados 10 assassinatos, enquanto no mesmo período do ano passo foram 18 mortes violentas.