Cerco contra ministro Salles se fecha e não há explicações sobre transações bancárias suspeitas

A edição 113 da Revista CrusoÉ traz que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, precisará dar novas explicações sobre suas vultosas transações bancárias no período em que ocupou cargos públicos no Governo do Estado de São Paulo e foi advogado na iniciativa privada.

O MPE (Ministério Público Estadual), de São Paulo, conseguiu quebrar o sigilo de Ricardo Salles no inquérito que o investiga por suposto enriquecimento ilícito, encaminhou para a Receita Federal cópias dos extratos e da declaração de IR (Imposto de Renda) para aprovação dos eventuais crimes de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Como a própria revista já tinha revelado, o ministro do Meio Ambiente recebeu R$ 7 milhões de crédito em sua conta pessoal entre 2013 e 2017. Desse valor, R$ 2,7 milhões foram transferidos de conta do escritório de advocacia de Ricardo Salles, incluindo repasses no período em que ele era servidor público e não atuava como advogado, e R$ 728 mil da conta da mãe dele.

Os registros mostram ainda depósitos fracionados em dinheiro vivo na conta do ministro do Meio Ambiente. Ricardo Salles diz que não há qualquer irregularidade nas movimentações, porém, o MPE representou ele à Receita Federal e ao MPF (Ministério Público Federal) por lavagem de dinheiro, ocultação de bens e delitos fiscais, nos R$ 7 milhões que já se pegou na conta dele e que não têm lastro, conforme relatório do Caex do MPE.