Cansado de esperar ajuda, comerciante da fronteira monta grupo de “justiceiro”, mas acaba preso

Que a violência impera nas cidades de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, não é segredo para ninguém. Porém, a falta de presença do Estado no combate ao ilícito na região, um comerciante, identificado como P.A., resolveu tomar as próprias providências e utilizou o aplicativo “WhatsApp” para informa que estava criando um “grupo de justiceiros” para fazer um “limpa” na cidade de Porto Murtinho (MS).

A iniciativa terminou mal, já que ele foi preso pela Polícia Militar após perseguir e realizar disparos contra um morador identificado como E.C., que informou ter sido alvejado por volta das 3 horas de sábado (14). O comerciante teria iniciado uma perseguição ao veículo de E.C. e, em determinado momento, disse que a vítima seria o responsável pelo furto do seu estabelecimento comercial.

E.C. contou que a arma do comerciante falhou por três vezes, então ele teria pedido outra arma que estava de posse de outro homem, que seria seu genro. Nesse momento, a vítima saiu correndo e ouviu apenas barulho dos tiros que eram efetuados pelo comerciante.

Ele conseguiu se refugiar em uma residência, onde veio a pedir ajuda para a proprietária que acionou a PM, que, com as informações em mãos, saiu m diligências terminando por encontrar o veículo do comerciante na Rua 13 de Junho. No local, os policiais militares localizaram o automóvel, que foi apontado pela testemunha como pertencente ao comerciante que estaria na companhia do seu genro.

Ao vistoriar o interior do veículo, a PM localizou dois revólveres, um calibre 32 e outro calibre 38, que tinham a numeração raspada. Conforme informações dos policiais militares, as armas estavam escondidas em baixo do banco do veículo e uma das armas estava com três munições picotadas (falharam) a outras estava com cinco munições intactas e uma deflagrada.

A dupla recebeu voz de prisão e, posteriormente, foram encaminhados com as armas para a Delegacia de Polícia Civil de Porto Murtinho, onde, após pagarem fiança, o comerciante e o genro dele foram colocados em liberdade. A Polícia Civil investiga agora a criação do “grupo de justiceiros” por parte do comerciante.

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