Caiu de bico! Aeronave com casal de médicos chegou a entrar mais de um metro no chão.

O avião modelo Beechcraft Bonanza, que caiu na manhã desta quarta-feira (15) em uma região de mata perto do Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande (MS), e matou o médico Pedro Arnaldo Crem Montemor dos Santos e a esposa dele, Silvana Maria Pizzo Crem dos Santos, chegou a entrar mais de um metro no chão.

O avião pilotado pelo médico decolou do aeroporto por volta das 6h, sobrevoou por aproximadamente 100 metros e, depois de dar três voltas em círculos, caiu, pegando fogo logo em seguida. Conforme o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Flávio Henrique Rodrigues, da Secretaria de Infraestrutura que administra o Aeroporto Santa Maria, era possível voar no momento do acidente, mas as condições climáticas não eram boas.

Antônio Barbosa Nogueira, 70 anos, pilota aeronaves há 50 e estava no aeroporto no momento do acidente. À reportagem, ele relatou que aguardava para voar, mas adiou o voo devido ao mau tempo. ”Não pode sair com esse tempo. Em hipótese alguma o avião deveria ter decolado. Estava com visibilidade zero”, explicou.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira, em Brasília, está vindo para Campo Grande investigar as causas da queda do avião. O avião do médico tinha o CA (Certificado de Aprovação) válido até 26 de setembro de 2020. A IAM (Inspeção Anual de Manutenção) venceria somente no dia 13 de dezembro deste ano. A aeronave estava regular, portanto. Além disso, Pedro tinha mais de 20 anos de experiência como piloto.

Retirada dos corpos

O corpo do médico ginecologista Pedro Arnaldo dos Santos, assim como o de sua esposa, Silvana Maria Pizzo dos Santos, foram retirados por volta das 12h20 de dentro da aeronave que caiu próximo ao Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, no início da manhã desta quarta-feira (15). Foi preciso o uso de um desencarcerador para realizar o procedimento.

Equipe do Corpo de Bombeiros foi novamente acionada para retirar os corpos presos às ferragens. Além do desencarcerador, os militares levaram enxadas, cordas, pá e um gerador para o local do acidente. O primeiro corpo foi retirado cerca de quarenta minutos depois da chegada da equipe. No carro da funerária, os dois serão levados para o Imol (Instituto Médico Odontológico Legal) da Capital.