‘Caçado’ pela Interpol por lavagem de dinheiro, maior doleiro brasileiro continua escondido no Paraguai

O advogado do doleiro brasileiro Dario Messer, que está sendo procurado pela Interpol há três meses em decorrência de ordem de captura em aberto solicitado pelas autoridades judiciais do Brasil e do Paraguai, sustenta que o “irmão espiritual” do presidente Horacio Cartes está escondido no país vizinho e lá permanecerá até conseguir um acordo vantajoso em relação ao crime de lavagem de dinheiro.

Rodrigo Galeano revela que o seu cliente ainda está no Paraguai e não foi apresentado devido à falta de mais informações sobre o conteúdo das acusações que se referem à sua imputação e mandado de prisão. “Ele vai se entregar à Justiça do Paraguai quando tivermos todas as garantias e pudermos acessar o arquivo fiscal para prepararmos a defesa”, afirmou.

Ele também informa que não poderia especificar quando foi a última vez que falou com a Messer “por sigilo profissional”. A captura internacional foi emitida pelo Brasil em 3 de maio e somente após esse fato é que a Justiça do Paraguai começou a investigar Dario Messer, que é muito próximo do presidente Horacio Cartes e acompanhou a delegação oficial paraguaia a Israel, onde o presidente agradeceu a sua família durante seu discurso.

No entanto, o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNF) anunciou que em 2015 já tinha alertado a Secretaria de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Imóveis (Seprelad) sobre transações financeiras suspeitas feitas em contas vinculadas a Dario Messer. Enquanto isso, a Seprelad não fez nenhuma reclamação ao Ministério Público.