Cabelo em ovo! Após 10 anos de sumiço, defesa quer esclarecer morte de filho de Fahd Jamil

A defesa do empresário ponta-poranense Fahd Jamil Georges, 80 anos, entrou com pedido de esclarecimentos sobre versões apresentadas a respeito do desaparecimento do filho dele, Daniel Alvarez Georges, mais conhecido como “Danielito”. Ele foi visto pela última vez em 3 de maio de 2011 e pode ter sido assassinado em Campo Grande (MS) a mando da família de Jamil Name, como apontou investigação da Operação Omertà.

Segundo o site Midiamax, a manifestação foi apresentada no processo que trata da morte de Ilson Martins Figueiredo, policial militar reformado, assassinado em junho de 2018, na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. Na peça, o grupo de advogados que representa o “Rei de Fronteira” relata a denúncia feita pelo MPE (Ministério Público Estadual), de que o réu teria agido por vingança.

Assim, o acusado teria posição de mandante na morte de Ilson Martins, tendo como motivação vingança contra todos os envolvidos no desaparecimento de “Danielito”. Em um segundo momento, ainda durante as investigações, o depoimento de uma mulher acabou ligando o caso ao empresário Jamil Name, que faleceu em 27 de junho deste ano, em decorrência do coronavírus.

Nas audiências, versões apresentadas por testemunhas de acusação teriam apontado suposta armação para a morte de “Danielito”, planejada por pessoas ligadas a Fahd Jamil, na Capital. No pedido, a defesa do “Rei da Fronteira” chega a citar matéria veiculada pela revista Piauí, de 21 de dezembro de 2020, que retrata como teria ocorrido a morte de “Danielito”.

A defesa pede, por fim, que seja realizada nova oitiva de delegados da força-tarefa, para esclarecerem exclusivamente sobre eventual participação de um dos réus no desaparecimento de “Danielito”. Também é feito pedido para que o conteúdo do depoimento prestado pela testemunha, sobre desaparecimento e morte do filho de Fahd Jamil, seja compartilhado.

A matéria veiculada pela revista Piauí lembra o percurso feito por “Danielito” momentos antes do desaparecimento. Naquele 3 de maio de 2011, ele almoçou em uma churrascaria na Chácara Cachoeira, seguiu para uma concessionária de automóveis e, ali, foram filmadas as últimas imagens de Daniel Alvarez, na época com 43 anos.

Desde então, “Danielito” nunca mais foi visto e o corpo nunca foi encontrado. Em 2019, foi declarada formalmente sua morte, a pedido de Fahd Jamil. Foi em 2020 que o depoimento de uma mulher à Polícia Civil teria associado à morte do filho de Fahd Jamil ao pistoleiro José Moreira Freires, mais conhecido como “Zezinho”, morto em 14 de dezembro de 2020, em confronto com a Polícia do Rio Grande do Norte.

“Danielito” teria sido convidado para uma festa na noite do dia 3. Uma emboscada. Ali, ele teria sido morto a tiros, depois esquartejado e o corpo derretido em um tambor com ácido. Até hoje não há confirmação oficial por parte da polícia sobre o que ocorreu após o desaparecimento do filho do “Rei da Fronteira”.