Brasileiro “barão da cocaína” é exterminado em Santa Cruz de La Sierra, veja o vídeo!

O brasileiro Marcelo Gomes de Oliveira foi assassinado a tiros na noite do último dia (20) em Santa Cruz de La Sierra, na Bolivia. Segundo informações da Força Especial de Luta Contra o Crime (FELCC), unidade de elite das forças de segurnaça da Bolívia, o assassinato do brasileiro está relacionado a um ajuste de contas entre narcotraficantes.

Segundo informações iniciais, eram 21h00 no horário local, quando o brasileiro transitava pela avenida Cristo Redentor, junto com outras pessoas no veículo Corolla, de placas EDR-4523, quando em determinado momento dois homens pularam do carro em movimento e saíram correndo. O veículo seguiu desgovernado até bater na calçada. Dentro do Corolla foi encontrado o corpo sem vida de Marcelo Gomes de Oliveira.

 

Nome falso

Inicialmente ele foi identificado como Reginaldo Fernandez de Almeida, de 35 anos, em razão de utilizar uma cédula de identidade boliviana com informações falsificadas. O veículo também aparenta ter registro fraldado, pois conforme o Sinesp (Sistema Nacional de Segurança Pública), a placa EDR-4523 está registrada para um veículo Ford Fiesta.

Marcelo Gomes de Oliveira era conhecido como Marcelo “zoio verde”. E não é a primeira vez que utilizou documentos falsos, em 2000 ele foi condenado a 21 anos de prisão por latrocínio, mas depois de cumprir apenas três anos de prisão recebeu progressão de regime e fugiu. Nessa época passou a utilizar o nome de “José Marcelo Rodrigues de Morais”. Em 2007 foi preso novamente, dessa vez por tráfico, já utilizando o nome de “Marcelo Gomes Aguiar”.

 

Barão da Cocaína

ca649586-8efd-4cdf-98bd-b59065070059Marcelo Gomes de Oliveira era dono de uma extensa ficha criminal. Sua útlima prisão ocorreu em maio de 2014, quando foram apreendidos em sua luxuosa mansão localizada Park Way, em Brasília, 200 kg de pasta-base de cocaína, uma pistola, uma carabina e uma metralhadora roubada da Polícia Militar. Nessa ocasião, além dele outras 14 pessoas foram presas na ação integrada entre as polícias de Goias e do Distrito Federal, durante a chamada Operação Esmeralda.

Desde essa época Marcelo Zoi Verde já era considerado como o maior traficante de Goiás e do Distrito Federal, por isso era chamado de “Barão da Cocaína”, com um patrimônio avaliado em mais de R$ 100 milhões. Na garagem de sua mansão foram encontrados 22 carros de luxo e motos esportivas, além academia e piscina semiolímpica. O patrimônio dele ainda era composto por fazendas no Estado de Tocantins, com 1,5 mil cabeças de gado, e dois postos de combustíveis, que a polícia acreditava serem usados para lavagem do dinheiro do tráfico.

 

Habeas Corpus

Mesmo com um histórico de evasão e utilização de nomes falsos, em janeiro de 2015 o juiz federal Leão Aparecido Alves, então titular da 11 Vara Criminal de Goiânia concedeu uma habeas corpus. Após ter sido solto, Marcelo Gomes de Oliveira não tinha sido mais visto até agora. Por isso foi parar na relação dos dez criminosos mais procurados pela Polícia Federal e pela Interpol.

Coincidentemente, no último dia 19, o Ministro Ricardo Lewandowisk do STF, determinou a revogação de seu mandado de prisão e determinou a suspensão do processo penal que tramitava na Justiça Federal de Goias, por entender que a matéria não era de competência da Justiça Federal, por não haver comprovação da origem internacional da cocaína apreendida na mansão em maio de 2014.

Embora o alvará de soltura agora seja irrelevante para Marcelo Zoi de Gato, que morreu  assassinado na Bolívia, no que a polícia classificou como uma ajuste de contas entre narcotraficantes, seus comparsas José Carlos Moreira da Cunha, Wender Cambraia de Souza, vando Célio Pereira dos Santos e Erly Rezende, serão beneficiados pela decisão do Ministro Ricardo Lewandowisk.