Banheiro de Rodoviária: MPE abre inquérito para investigar revitalização do Balneário de Bonito

A 2ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Bonito publicou, na edição desta terça-feira (7) do Diário Oficial do MPE (Ministério Público Estadual), a abertura do Inquérito Civil nº 30/2015 para apurar irregularidades no Projeto de Revitalização do Balneário Municipal de Bonito (MS). De acordo com a publicação, os requeridos são a Prefeitura de Bonito e a empresa WF Engenharia Ambiental Ltda.

Em fevereiro do ano passado, o Blog do Nélio denunciou que o Balneário Municipal de Bonito, apesar de ser uma boa fonte de renda para a Prefeitura, estava sofrendo com o descaso e, porque não dizer, com a incompetência dos administradores da cidade. O local, que atrai tantos turistas durante o ano inteiro, tinha em seus banheiros uma estrutura totalmente precária e descabida, podendo ser comparada com a de um banheiro de rodoviária do interior do Brasil.

Apesar da denúncia, foi somente em abril do ano passado, após uma grande chuva, a maior em 20 anos e que deixou a cidade isolada, destruindo parcialmente o local que teve trilhas, contenções e alagamentos no perímetro, comprometendo parcialmente o atendimento ao público, que o prefeito Odilso Soares (PSDB) foi obrigado a cuidar do local, anunciando o projeto de revitalização do Balneário Municipal.

No entanto, parece que algo deu errado, pois a 2ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente de Bonito teve de abrir um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades no projeto, que está a cargo da empresa WF Engenharia Ambiental e foi contratada pela Prefeitura de Bonito.

De acordo com as últimas informações oficiais do Bonito Convention Visitors Bureau (BCVB), o município recebe, em média, mais de 200 mil turistas por ano, mais precisamente, 212.817 turistas visitam a região ao longo de 12 meses. O relatório aponta ainda que a Gruta do Lago Azul e o Balneário são os principais pontos visitados, sendo que a maioria dos turistas nacionais é dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, enquanto os internacionais são da Alemanha, Paraguai e Estados Unidos.

Com esses números impressionantes, o chefe do executivo municipal precisa dar uma resposta à sociedade e, principalmente, aos turistas que frequentam o local. Não é possível que um local, visitado por pessoas do mundo inteiro e que pagam caro por isso, receba um tratamento precário. Agora, a esperança é que, com a ação do MPE, algo seja feito.