O presidente do Dinac (Departamento de Aviação Civil do Paraguai), Luis Aguirre, assegurou que o avião que caiu e matou o ministério da Agricultura do país vizinho tinha sido reformado neste ano e passado por todos os processos rigorosos de segurança.
Ele assegura que todas as aeronaves passam por revisão técnica todos os anos e o pequeno avião onde estava o ministro também passou por esse processo em junho. Além disso, disse que seis ou oito meses atrás, a aeronave trocou o motor e as hélices.
“Este avião estava novo de novo”, disse Aguirre, reiterando em várias ocasiões que está trabalhando rigorosamente nos controles de todas as aeronaves e que hoje elas têm todos os registros.
Por outro lado, ele indicou que é difícil determinar as circunstâncias do acidente e que agora todas as suposições são feitas apenas com base no vídeo da câmera de segurança onde aparecem dois flashes e que podem ser explosões. “À primeira vista, parece que são explosões, mas, os especialistas vão apontar o que aconteceu”, disse.
Ele também comentou que aviões pequenos como esse não têm caixas pretas que podem definir ou dar muitos detalhes e que tudo dependerá da perícia. De forma preliminar e pessoal, Aguirre analisou o que foi visto no vídeo e disse que existe a possibilidade de o motor ter parado ou algo parecido.
“O giro rápido para a direita foi nos primeiros segundos, depois volta e cai num ângulo muito agudo que deixou a cauda do lado de fora. Foi tudo muito rápido. Nessa gravação você vê que foram dois ou três minutos. Não havia tempo para eles se comunicarem”, analisou.
Mortes na queda
De acordo com a parte forense, os quatro ocupantes do avião morreram devido ao impacto no solo logo após a decolagem. Agora, exames de patologia e toxicologia serão realizados para determinar ou rejeitar a possibilidade do fator humano.
O médico Pablo Lemir e o promotor de Justiça Federico Espinoza deram uma entrevista coletiva depois de completar a etapa de identificação dos corpos das vítimas do acidente de avião no Departamento de Misiones.
Eles destacaram a cooperação entre os vários segmentos para levar à frente a árdua tarefa de determinar as identidades dos mortos, ainda mais devido às condições em que foram encontrados os corpos. Para isso, eles recorreram a habilidades odontológicas, impressões digitais e de relance.
A partir desses elementos preliminarmente, sabe-se que o ministro da Agricultura, Luis Roberto Gneiting Dichtiar, o vice-ministro de Pecuária, Vicente Rigoberto Ramirez Imas, o oficial Luis Eladio Charotti Barquinero e o piloto Gerardo Cayetano López Zárate morreram devido ao impacto do pequeno avião com o solo.