Auditoria livra juíza no caso de engavetamento de 7 cartas rogatórias contra Jarvis Pavão

A juíza Patricia Gonzalez, que está de licença para acompanhar o marido Roberto “Melcha” Melgarejo na Espanha por 6 meses, ficou isenta de qualquer punição no caso do engavetamento de sete cartas rogatórias de cooperação jurídica entre o Brasil e o Paraguai contra o narcotraficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, que cumpre pena no país vizinho.

A auditória aberta para apurar o engavetamento das cartas rogatórias enviadas pelo Brasil à Justiça do Paraguai para a extradição de Jarvis Pavão jogou a responsabilidade para com os funcionários da juíza, que são um oficial de Justiça e um datilógrafo.

Mario Elizeche, diretor de Gestão de auditoria, explicou que o oficial de Justiça Milton García Delvalle teria armado o engavetamento e, por meio de uma vistoria no computador, soube-se que o datilógrafo Aldo Francisco Godoy não teria baixado o arquivo eletrônico com o pedido da Justiça do Brasil.

Por esta razão, o chefe do Departamento de Gestão de Auditoria decidiu remeter as informações ao Conselho de Superintendência da Corte para os correspondentes processos administrativos contra os dois funcionários da juíza. Aldo Godoy continua a prestar serviços, enquanto Garcia é secretário do juiz Héctor Capurro.

Mario Elizeche disse ainda que não foi possível apontar o envolvimento da juíza Patricia Gonzalez no engavetamento das sete cartas rogatórias para a cooperação jurídica internacional. “Nós não temos nenhuma ligação direta entre a juíza e o caso”, disse.

Mario Elizeche disse ainda que o caso da juíza Patricia González é diferente de seu colega Rubén Ayala Brun, que atualmente está suspenso. O Tribunal remeteu para o fundo deste julgamento com júri após a auditoria concluiu que o juiz arquivou outra cooperação jurídica contra Jarvis Chimenes Pavão.

O registro já tinha uma ordem assinada por Ayala Brun, que forneceu a notificação do processo, mas não cumpriu, e o processo está parado há um ano. De acordo com o relatório do atuário Lina Casco, a falta de encaminhamento foi a pedido do juiz, que lhe disse para deixar para outra oportunidade, mas nunca o fez, disse Elizeche.