Até que enfim alguém com coragem de enfrentar o imbróglio da desembargadora e do filho bandido

Até que enfim alguém com coragem para enfrentar o caso, ou descaso,  de frente.

Depois de ser notícia nacional, o imbróglio que envolve a desembargadora Tânia Garcia e seu filho Breno assombrou o meio jurídico do Estado, afrontou a Justiça e deu um tapa na cara da sociedade.

Agora, de acordo com o portal G1, o Ministério Público do Estado (MPE) entrou com Ação Civil Pública contra a presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), desembargadora Tânia Garcia Lopes, por improbidade administrativa.

Segundo o MPE, ela usou do cargo para ameaçar o diretor do presídio de Três Lagoas, caso o filho dela, Breno Fernando Solon Borges, não fosse solto.

O MPE pede à Justiça que determine pagamento de multa à desembargadora e ainda a perda de direitos políticos.

A defesa de Tânia Garcia Lopes tem 15 dias para se manifestar. Depois disso, o juiz responsável pelo caso decidirá se aceita ou não a denúncia. Caso aceite, a desembargadora vira ré.

Prisão

O filho da desembargadora foi preso no dia 8 de abril de 2017 ao ser flagrado com 129 quilos de maconha e 270 munições, além de uma arma de fogo sem autorização.

Em julho, o desembargador Ruy Celso Barbosa Florence concedeu a transferência para uma clínica, mas como havia outro pedido de prisão, por causa da Operação Cérberus, da Polícia Federal, deflagrada em 13 de junho, Breno não pode ser liberado.

A defesa conseguiu nova decisão em prol da transferência e a desembargadora foi pessoalmente ao presídio, com veículo da Polícia Civil, acompanhada de um delegado e um policial e tirou o filho, levando-o para uma clínica no interior de São Paulo.

Novamente por causa da Operação Cérberus, o filho da desembargadora voltou ao presídio na região leste do estado.

A substituição da prisão pela internação ocasionou a abertura de investigação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que apura as circunstâncias da concessão do habeas corpus ao Breno.

A namorada e o funcionário do filho da desembargadora, que estavam com o empresário quando da prisão em flagrante, foram condenados por tráfico de drogas e porte de munição. Já Breno Fernando Solon Borges será julgado separadamente, pois o processo foi desmembrado após a defesa pedir perícia de insanidade mental.