Dólar nas alturas e vem os EUA e dizem que turistas devem evitar fronteira com Paraguai. Danou-se tudo!

Primeiro foi o dólar oficial batendo a casa dos R$ 4,10, agora o Departamento de Estado dos Estados Unidos emitiu uma nota em que eleva o nível de alerta para turistas que viajam para o Brasil e para aqueles que visitam determinadas áreas, como áreas de fronteira devido ao risco de crimes. Na prática, a medida, apesar de ter como foco a segurança dos cidadãos norte-americanos, afeta na verdade o comércio da região fronteiriça.

Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com o Paraguai e Bolívia, está entre as localidades onde a visita não é recomendada. A orientação vale para regiões a menos de 150 quilômetros da fronteira do Brasil com a Venezuela, Colômbia, Bolívia, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Paraguai. O alerta não se aplica, entretanto, a viagens ao Parque Nacional de Foz do Iguaçu e ao Parque Nacional do Pantanal.

No Estado, as cidades fronteiriças para as quais o governo norte americano aconselha turistas a não visitarem são Ponta Porã, Porto Murtinho, Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Japorã, Mundo Novo e Sete Quedas. De acordo com as recomendações de viagem, o alerta de segurança para o Brasil é nível 2, em que é recomendado aumentar cautela, sendo que os níveis vão de 1 a 4.

No caso das áreas especificadas, o nível sobre para 4, em que o governo norte-americano não recomenda a viagem. Funcionários do governo dos Estados Unidos também só podem visitar esses locais com autorização prévia. O comunicado aconselha aos turistas a não visitarem “empreendimentos informais de habitação (comumente referidos no Brasil como favelas, vilas, comunidades e/ou conglomerados) a qualquer hora do dia devido a crimes”, nem mesmo em uma visita guiada.

De acordo com o órgão, mesmo nessas comunidades que a polícia ou os governos locais consideram seguros, a situação pode mudar rapidamente e sem aviso prévio. A cautela também se estende às áreas próximas, já que “ocasionalmente, os combates entre gangues e os confrontos com a polícia ultrapassam os limites dessas comunidades.”

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, também não é aconselhado a ida de turistas para as regiões administrativas (conhecidas como cidades satélites) de Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá, todas no Distrito Federal, durante a noite. Ainda de acordo com o comunicado, no Brasil “crimes violentos, como assassinato, assalto à mão armada e roubo de carros, são comuns nas áreas urbanas, dia e noite.

A atividade de gangues e o crime organizado é generalizada. Assaltos são comuns. Os funcionários do governo dos EUA são desencorajados a usar ônibus públicos municipais em todas as partes do Brasil devido ao risco elevado de assalto e agressão a qualquer hora do dia e, especialmente, à noite”.

Caso o turista decida viajar para o Brasil, o órgão orienta, por exemplo, a estar atento ao entorno e ter mais cuidado em áreas isoladas; não resistir a tentativas de assalto; não caminhar nas praias depois de escurecer; não exibir sinais de riqueza, como relógios ou joias caras; ser extremamente vigilantes em bancos ou caixas eletrônicos; e ter cuidado no transporte público, especialmente à noite. “Os passageiros enfrentam um risco elevado de roubo ou assalto usando transporte público de ônibus municipal em todo o Brasil”, diz a recomendação.

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